Moraes arquiva investigação contra empresários que discutiram golpe em conversas de WhatsApp
Os empresários defenderam em mensagens a ideia de um golpe de estado caso Luiz Inácio Lula da Silva vencesse as eleições
Foto: TSE
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o arquivamento de uma investigação contra seis empresários que foram alvo de mandados em razão de conversas em aplicativo de mensagens sobre um suposto golpe de estado. Os envolvidos são: José Isaac Peres (rede de shopping Multiplan), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), André Tissot (Grupo Sierra), Marco Aurélio Raimundo (Mormaii) e Afrânio Barreira (Grupo Coco Bambu).
Entre os investigados, Luciano Hang e Meyer Joseph Nigri terão a apuração mantida para analisar o conteúdo dos celulares e um possível vínculo com o ex-presidente Jair Bolsonaro, de acordo com a Polícia Federal.
Os empresários defenderam em mensagens a ideia de um golpe de estado caso Luiz Inácio Lula da Silva vencesse as eleições presidenciais. Moraes alegou falta de elementos indiciários mínimos para prosseguir com a investigação dos seis empresários, mas autorizou a prorrogação do prazo para a apuração de Hang e Nigri.
A decisão responde a um pedido da PF para prorrogar o prazo da investigação, incluindo a análise de informações bancárias e dados de celulares. A PF também mencionou a recusa de Hang em fornecer as senhas dos aparelhos para análise, enquanto a perícia técnica ainda trabalha na identificação das senhas.