Moraes desativa conta no X em meio a embates com empresa de Musk
Segundo o STF (Supremo Tribunal Federal), foi o próprio Moraes que desativou o seu perfil pois já não o utilizava desde janeiro de 2024

Foto: Nelson Jr./SCO/STF
A conta do ministro Alexandre de Moraes no X, ex-Twitter, apareceu desativada na manhã desta sexta-feira (21).
Segundo o STF (Supremo Tribunal Federal), foi o próprio Moraes que desativou o seu perfil pois já não o utilizava desde janeiro de 2024. "Me retirei", disse o ministro à CNN Brasil.
O ministro tem promovido uma série de decisões duras contra a plataforma do empresário Elon Musk.
Na última quarta-feira (19), Moraes determinou que o X fizesse de "imediato" o pagamento de R$ 8,1 milhões aos cofres públicos referentes à multa imposta pelo magistrado à plataforma no ano passado.
A ordem foi decretada nos autos de inquérito que tem como alvo o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, instaurado a pedido da jornalista Juliana Dal Piva, autora do livro "O Negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro" (editora Zahar).
Em representação à corte, Dal Piva acusou Santos de publicar mensagens forjadas nas redes sociais em junho passado, em que ela confessava um plano arquitetado por Moraes para prender Bolsonaro.
Além de ordenar a abertura de inquérito na Polícia Federal sobre o caso, Moraes determinou que a plataforma, no prazo de duas horas, bloqueasse perfil ligado ao aliado do ex-presidente sob pena de multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento.
De acordo com os autos, em outubro do ano passado, em razão do descumprimento da medida, o ministro mandou que a Secretaria Judiciária do tribunal levantasse o valor total da multa imposta à empresa de Musk.
O setor informou que a penalidade totalizava R$ 8,1 milhões. Naquele mesmo mês, Moraes ordenou que o pagamento fosse efetuado.
A empresa contestou, mas o ministro rejeitou os argumentos em novembro. Os advogados do X, então, pediram na ocasião informações sobre a conta bancária em que deveria ser feito o depósito, dados que constaram da decisão de Moraes .