Moraes nega acesso da defesa de Bolsonaro a depoimento de Cid
Foi permitido o acesso aos depoimentos de Osmar Crivelatti, Lorena Cid e Frederick Wassef
Foto: Secom
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou o acesso da defesa do ex-presidente, Jair Bolsonaro, ao depoimento do então tenente coronel, Mauro Cid. O ministro permitiu o acesso da aos depoimentos de Osmar Crivelatti, Lorena Cid e Frederick Wassef de no caso das joias. As informações são de Julia Dualibi, da GloboNews.
A fala de Mauro Cid foi considerada uma das bases do acordo de delação premiada fechado com a Polícia Federal. Por isso, o pedido da defesa foi negado.
O depoimento de Frederick Wassef trata do caso Rolex.
Liberdade provisória
Moraes validou a delação premiada e concedeu liberdade provisória para Mauro Cid, no último sábado (09), a partir do cumprimento de medidas cautelares como: uso de tornozeleira eletrônica, limitação de sair de casa aos fins de semana e também à noite, afastamento das funções do Exército e proibição de contato com outros investigados.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, criticou a medida. "A Procuradoria Geral da República não é de Augusto Aras. É da República Federativa e é pautada pela Constituição. A PGR, portanto, não aceita delações conduzidas pela Polícia Federal, como aquelas de Antonio Palocci e de Sérgio Cabral, por exemplo", afirmou o chefe da PGR.
Após decisão do STF, o Exército afastará Cid das funções de tenente-coronel, a medida foi publicada no último domingo (10). O ex-ajudante de ordens ficará agregado ao Departamento-Geral do Pessoal, sem ocupar cargo. Mesmo com o afastamento Cid continuará recebendo um salário bruto de R$ 27.027.