Moraes nega ter coagido Cid a firmar acordo de delação premiada
STF julga denúncia da PGR contra Bolsonaro pelo suposto golpe de Estado

Foto: Rosinei Coutinho/STF e Bruno Spada/Câmara dos Deputados
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou ter coagido o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, a firmar acordo de delação premiada. Em sessão na Primeira Turma da entidade nesta terça-feira (25), ocorre o julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete pessoas coligadas pelo crime de tentativa de golpe de Estado.
Moraes citou que houve "reiteração da voluntariedade do colaborador por diversas vezes", até de forma pública e recente. E disse que "o próprio advogado Cezar Bittencourt disse expressamente que o colaborador cumpriu com seu dever, cumpriu com sua missão, tinha conhecimento dos fatos por ser auxiliar do Presidente da República".
O ministro também criticou a atuação das chamadas "milícias digitais", além de reforçar a tentativa de manipulação trechos do julgamento e espalhar informações falsas.
"A especialidade dessas milícias digitais é a produção e distribuição de fake news, com o objetivo de intimidar o Poder Judiciário", declarou.
Por fim, Moraes apontou que liberou a íntegra dos vídeos das delações e provas envolvidas na denúncia. E concluiu que "as milícias digitais não vão intimidar o Poder Judiciário, seja com polícia, seja com milícias digitais nacionais ou estrangeiras, porque o Brasil é um país soberano e independente".
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