Moraes valida delação premiada e concede liberdade provisória a Mauro Cid
Militar está preso desde o dia 3 de maio
Foto: Antônio Augusto/TSE | Lula Marques/Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, homologou neste sábado (9) a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). O magistrado também concedeu liberdade provisória ao militar, que estava preso desde maio. As informações foram divulgadas na GloboNews.
Moraes determinou, no entanto, que o tenente-coronel cumpra as seguintes medidas cautelares: uso tornozeleira eletrônica, limitação de sair de casa aos fins de semana e também à noite, afastamento das funções no Exército e proibição de contato com outros investigados.
A colaboração premiada, mais chamada de delação premiada, é um acordo judicial que possibilita que presos colaborem em uma investigação em troca de benefícios. A homologação ocorre após o acordo de colaboração fechado com a Polícia Federal (PF).
A delação refere-se ao inquérito das milícias digitais e a todas as investigações conexas, como a investigação sobre a venda de presentes oficiais recebidos pelo governo Bolsonaro e manipulações em dados de vacinação contra a Covid-19.
O advogado de defesa de Cid, Cezar Bitencourt afirmou que no depoimento realizado no dia 1 de setembro, Mauro Cid não fez acusações contra Bolsonaro.