Morando em Atibaia, Queiroz pagou R$ 50 mil em móveis e afirmou às autoridades que morava no Rio de Janeiro

O ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, apontado como participante de um esquema de lavagem de dinheiro e peculato no gabinete de Flávio, apresentou informações falsas às autoridades, de acordo com documentos anexados à investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). 

Segundo o G1, os registros apontados pela defesa dão a entender que o Queiroz tinha um endereço fixo no Rio de Janeiro, onde moraria com a família e estaria fazendo uma reforma na casa, mas em 5 de julho de 2019, quando já estava em Atibaia, em São Paulo, ele realizou uma compra no valor de mais de R$ 50 mil em uma loja de móveis na zona sul do Rio.

Queiroz informou que morava na rua Frei Luiz Alevato, na Taquara, e a entrega era para outro imóvel no mesmo bairro, na Rua Meringuava, onde hoje ele cumpre prisão domiciliar ao lado da esposa, Márcia Aguiar.

Ainda de acordo com os documentos, o contrato aponta que as quantias foram parceladas a pagas parte em dinheiro e parte em boletos. A entrada foi de R$ 30 mil. No entanto, com o salário de recebia na Assembleia Legislativa do RJ, Queiroz teria uma renda de quase R$ 11 mil mensais, pela aponsentadoria da Polícia Militar. Ou seja, a compra total teve valor de cerca de cinco vezes maior que o que ele recebia.

Em resposta a uma solicitação do MP, que também pediu um endereço fixo como condição para que os advogados tivesse acesso aos autos, a defesa de Queiroz apresentou a Promotoria uma cópia de luz como comprovante de que o ex-assessor residiria na rua Frei Luiz Alevato.