Morte por doenças infecciosas cresce 117,6% na comunidade indígena Yanomami
Malária, diarreia e tuberculose estão entre as doenças mais comuns
Foto: Divulgação
Dados da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), fornecidos via Lei de Acesso à Informação (LAI) e divulgados pelo portal Metrópoles, registraram um aumento de mortes por doenças infecciosas, como malária e tuberculose, na comunidade indígena Yanomami. De acordo com o levantamento, houve crescimento de 117,6% na quantidade de mortes por enfermidades infecciosas, entre 2016 e 2021, embora, no ano passado, tenha havido queda do número recorde de 2020.
Foram registradas, ao todo, 170 mortes no período de 2016 a 2021. Veja abaixo, ano a ano:
-2016: 17
-2017: 21
-2018: 21
-2019: 29
-2020: 45
-2021: 37
A quantidade pode ser ainda maior do que a registrada, já que existem povos 100% isolados entre os Yanomamis, e o acesso à saúde não é integral no território. Entre as doenças, destacam-se malária, diarreia e gastroenterite infecciosa, sepse, tuberculose, pneumopatia, tungíase, sarampo e Covid-19. Dos 170 mortos, 85 eram mulheres e 85 homens. Atualmente, os Yanomamis vivem na maior terra indígena do Brasil, com quase 10 milhões de hectares, e formam uma comunidade de quase 30 mil pessoas, distribuídas em 366 aldeias em Amazonas e Roraima.