Mourão vai reinaugurar a base brasileira na Antártida nesta terça-feira (14)

O vice-presidente Hamilton Mourão vai embarcar para a Antártica nesta segunda-feira (13), onde será o principal representante do governo brasileiro na reinauguração da Estação Comandante Ferraz, base de pesquisa do país no continente que acontecerá na terça-feira (14).

O governo federal investiu cerca de US$ 100 milhões na obra e a unidade recebeu os equipamentos mais avançados do mundo. No local, pesquisadores vão realizar estudos nas áreas de biologia, oceanografia, glaciologia, meteorologia e antropologia. 

Durante entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) Mourão, a estação vai dar melhores condições de trabalho aos pesquisadores, o governo Bolsonaro tem satisfação de estar presente no momento na reinauguração da estação."A estação vai dar melhores condições de trabalho aos nossos pesquisadores, vai manter nossa presença no trabalho que está sendo feito pela comunidade científica internacional, de buscar respostas e avanços no conhecimento, na tecnologia, outras áreas que são pesquisadas lá. Ao mesmo tempo, permite que a Marinha faça um adestramento em termos de logística, em termos de deslocamento em águas, que não são tão tranquilas assim. Nós, do governo Bolsonaro, vemos com extrema satisfação este momento de reinaugurarmos a Estação Comandante Ferraz e darmos uma nova roupagem ao trabalho de pesquisa que está sendo realizado lá", afirmou o vice-presidente.

Inicialmente, a previsão era que o presidente Jair Bolsonaro participasse da reinauguração da Estação Antártica Comandante Ferraz, mas, por recomendações médicas, o chefe do Executivo desistiu da viagem e delegou a ida ao vice-presidente.

Sobre a estação

Ocupando uma área de 4,5 mil metros quadrados, a estação poderá hospedar 64 pessoas, segundo a Marinha. O novo centro de pesquisas vai contar com 17 laboratórios. Cientistas da Fiocruz, por exemplo, estão entre os primeiros a trabalhar na nova estação, desenvolvendo pesquisas na área de microbiologia, a partir da análise de fungos que só existem na Antártica, e no poder medicinal desses micro-organismos.

A Agência Internacional de Energia Atômica também já confirmou que vai desenvolver projetos meteorológicos na base brasileira. Para ficar acima da densa camada de neve que se forma no inverno, o prédio recebeu uma estrutura elevada. Os pilares de sustentação pesam até 70 toneladas e deixam o centro de pesquisa a mais de três metros do solo.

Os quartos da base, com duas camas e banheiros, abrigarão pesquisadores e militares. A estação também tem uma sala de vídeo, locais para reuniões, academia de ginástica, cozinha e um ambulatório para emergências. Em todas as unidades da base foram instaladas portas corta-fogo e colocados sensores de fumaça e alarmes de incêndio.