MP entra na Justiça para que Sara Winter pague R$ 1,3 milhão por expor dados de criança estuprada
O ministério também alegou que a atitude de Sara é uma "estratégia midiática de viés político-sensacionalista"
Foto: Reprodução
O Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) entrou com uma ação na Justiça em que pede que a militante de extrema-direita Sara Giromini, conhecida como Sara 'Winter', pague R$ 1,3 milhão por expor os dados da menina de dez anos que ficou grávida após ser estuprada pelo tio.
Na ação, o MP-ES pede que o valor seja pago por causa dos danos morais provocados pela extremista e pelas ofensas proferidas contra a criança e a família. Na última semana, Sara Winter divulgou em uma rede social o hospital onde a criança passou por um procedimento de aborto legal, o que levou manifestantes "pró-vida" a irem ao local tentar impedir o aborto.
O Ministério também lamentou que a atitude de Sara Winter "está incluída dentro de uma estratégia midiática de viés político-sensacionalista, que expõe a triste condição de uma criança de apenas 10 anos de idade" e que ela "demonstrou descompromisso com o respeito à Constituição Federal" ao tornar público dados que são sigilosos.
Caso a Justiça acate a decisão, o valor será revertido ao Fundo de Direitos da Criança e do Adolescente da cidade de São Mateus (ES).
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