MP investiga se estagiária da Defensoria Pública atuou em inquéritos a favor de milícia
Ministério Público acredita ainda que jovem recebia instruções de criminosos
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Milicianos teriam atraído uma estagiária da Defensoria Pública para que ela influenciasse nos julgamentos do Tribunal do Júri da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, responsável por casos de homicídios.
A jovem está sendo investigada num inquérito sigiloso do Ministério Público (MP) estadual por ter ajudado junto a jurados para tentar direcionar sentenças. Pelo menos 30 inquéritos estão sob suspeita.
No início de maio do ano passado, a Justiça dissolveu o conselho de jurado do Tribunal do Júri de Nova Iguaçu e realizou novo sorteio, por acreditar na possibilidade de pessoas convocadas para julgamentos terem sido influenciadas pela estagiária.
O MP afirma que a estagiária suspeita, lotada na unidade da Defensoria Pública de Nova Iguaçu, conversou com duas juradas e fez comentários em voz alta capazes que influenciar julgadores. A estagiária também teria levantado dúvidas junto ao corpo de jurados sobre a atuação do Ministério Público e até mesmo sobre a qualidade de laudos periciais produzidos durante as investigações.
Após a estagiária apresentar documentos que contestariam a perícia oficial, o promotor Frederico Bonfatti gravou a conduta da estagiária a a denunciou à promotora Julia Silva Jardim, responsável pela 1ª Promotoria da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu.
Com apurações sobre a ligação da jovem com a milícia, promotores conseguiram encontrar ligações telefônicas em que ela conversa com suspeitos de pertencerem a um grupo paramilitar. O MP acredita que a servidora recebia instruções de criminosos.
