MP-RJ tem outras 11 investigações de rachadinha em foro especial
Investigação faz parte do Caso Queiroz
Foto: Reprodução/ Google Maps
O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), destino da investigação sobre suposto esquema de rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), também supervisiona a apuração de suspeitas semelhantes ligadas a outros 11 políticos fluminenses. As investigações, que são do Ministério Público do Rio de Janeiro, correm sob sigilo.
Os políticos investigados foram citados em um relatório produzido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) de de 2018. De acordo com o texto, há movimentações financeiras atípicas de ao menos 21 deputados estaduais do Rio (incluindo Flávio Bolsonaro), as quais poderiam indicar rachadinhas. A prática envolve os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
De acordo com MP-RJ, dos 21 citados por, 11 ainda mantêm cargos eletivos no estado do Rio. Por isso, as investigações são realizadas por um grupo específico da promotoria e supervisionadas pelo Órgão Especial do TJ-RJ, segunda instância desse Tribunal.
Flávio Bolsonaro conseguiu, na quinta-feira (25), na Justiça o direito de ter a investigação sobre ele transferida da 1ª instância da Justiça do Rio para o Órgão Especial. Na decisão, a 3ª Câmara Criminal do TJ entendeu que o filho de Jair Bolsonaro (sem partido) era deputado estadual na época dos fatos investigados e emendou um mandato no Senado. Por isso, não perdeu direito ao foro privilegiado.
A partir disso, serão os desembargadores do Órgão que avaliarão eventuais pedidos do MP-RJ para os avanços da investigação assim como recursos da defesa de Flávio para anulação de decisões anteriores. Caso o senador venha a ser denunciado, também serão os desembargadores que o julgarão.