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MPF cobra explicação da Saúde por suspensão de nota técnica sobre aborto

A nota técnica havia sido publicada no dia 28 de fevereiro, mas foi derrubada no dia seguinte

Por FolhaPress
Ás

MPF cobra explicação da Saúde por suspensão de nota técnica sobre aborto

Foto: José Cruz | Agência Brasil

O MPF cobrou explicações do Ministério da Saúde para a suspensão de uma nota técnica sobre o período para realização de aborto legal no país. O MPF quer saber porque o ministério recuou na publicação do documento. A nota técnica havia sido publicada no dia 28 de fevereiro, mas foi derrubada no dia seguinte.

A nova nota técnica substituía outra de novembro de 2022, durante o governo Bolsonaro. Esse documento recomendava o tempo limite de até 21 semanas e seis dias de gestação para realização do aborto.

O Ministério da Saúde disse que a norma foi suspensa porque não passou por "consultoria jurídica". "O documento não passou por todas as esferas necessárias do Ministério da Saúde, nem pela consultoria jurídica, portanto está suspenso", afirmou a pasta, em nota.

Na prática, o texto do governo Lula (PT) não mudava o que está previsto no Código Penal. A legislação prevê que a interrupção legal de uma gravidez pode ocorrer, sem qualquer limite de tempo, em casos de estupro, risco à vida da gestante e anencefalia.

Versão da gestão Bolsonaro, o texto dizia que "os fetos precisam ser identificados como viáveis, detentores do direito à vida". O documento recomendava que o aborto depois do período de 21 semanas e 6 dias fosse tratado como "parto prematuro".

O QUE DIZIA DOCUMENTO QUE FOI SUSPENSO

Na nota técnica do Ministério da Saúde afirmava que "não cabe aos serviços de saúde limitar a interpretação desse direito". "Especialmente quando a própria literatura/ciência internacional não estabelece limite", dizia trecho do documento.

Para a pasta, manter a gravidez mesmo com direito ao aborto configuraria ato de violência física e/ou psicológica. O documento foi assinado pelo secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço de Oliveira, e o secretário de Atenção Especializada à Saúde, Helvécio Miranda Magalhães Junior.
 

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