MPMG instaura inquérito após interdição de mina da Vale em Mariana
O órgão informou que uma equipe técnica está no local junto à equipe da ANM
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
O MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) vai investigar a interdição da mina de Fábrica Nova, da Valem em Santa Rita Durão, distrito de Mariana (MG). A ANM (Agência Nacional de Mineração) aconselhou a evacuação do povoado.
O órgão informou que uma equipe técnica está no local junto à equipe da ANM. Os técnicos fazem parte do Caoma (Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente).
"Informações detalhadas, entretanto, serão possíveis apenas após a vistoria de garantia da segurança das estruturas", diz a nota do MPMG.
Uma reunião entre os moradores, representantes da Defesa Civil e da ANM será realizada após a vistoria desta segunda-feira, segundo a associação de moradores de Santa Rita Durão.
A INTERDIÇÃO
A interdição foi determinada na sexta-feira (10) após a Vale não comprovar a estabilidade das pilhas, segundo documento da ANM divulgado pelo jornal O Tempo.
Segundo o Plano de Ação de Emergências para Barragens da Vale, 295 pessoas fazem parte da população englobada em Santa Rita Durão; 144 delas são moradoras da região.
As outras pessoas estimadas no plano são funcionários da mina, possíveis transeuntes e funcionários de outras edificações da área.
A Vale não se pronunciou sobre a possível evacuação, mas confirmou que as pilhas foram interditadas preventivamente na sexta-feira (10) em nota enviada ao UOL.
A empresa também disse que acompanha vistoria da ANM e da Defesa Civil nesta segunda-feira para "esclarecimentos necessários sobre as condições de regularidade das estruturas".
Em nota, a Prefeitura de Mariana informou que a Defesa Civil participa da fiscalização das pilhas de estéril. O órgão vai elaborar um documento sobre a integridade das pilhas a partir da reunião e disse que não há definição de evacuação dos moradores da região.
Ao UOL, o presidente da Associação de Moradores de Santa Rita Durão, Jean Roberto da Costa Júnior, afirmou que a associação não foi informada sobre a orientação de evacuação.