MPT aciona empresa da Bahia envolvida em trabalho análogo à escravidão
Órgão pede indenização por danos morais coletivos de R$ 2 milhões
Foto: Divulgação/Subsecretaria de Inspeção do Trabalho
O Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com processo na Vara do Trabalho de Conceição do Coité, pedindo a condenação de uma empresa da cidade de Retirolândia (próxima a Conceição do Coité), por comprar sisal de um fornecedor envolvido com trabalho análogo à escravidão.
O MPT quer que a empresa seja obrigada a adotar medidas que previnam o desrespeito aos Direitos Humanos, principalmente a erradicação do trabalho análogo à escravidão. O órgão pede indenização coletiva por danos morais coletivos de R$ 2 milhões, a serem revertidos para o Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad).
De acordo com o MPT, a indústria de beneficiamento do sisal tem consciência das condições precárias e subumanas às quais são submetidas os trabalhadores.
As investigações foram feitas entre os dias 13 e 20 de outubro do ano passado, nas cidades de Várzea Nova, Jacobina e Mulungu do Morro. Durante essa operação, 37 pessoas foram resgatadas em situação análoga à de escravidão.