'Não estamos falando de bandidos', diz Gleisi Hoffmann sobre integrantes do MST
Na CPI do MST, deputada pediu respeito com o movimento
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) pediu que os parlamentares tenham mais respeito com os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O apelo foi feito durante sessão da quarta-feira (31), da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura crimes nas invasões dos manifestantes.
"Eu acho que a gente tem que parar com o preconceito, ter cuidado com o que a gente fala. Nós não estamos falando de bandidos. Quando vocês falam bandidos e criminosos aqui, vocês estão atingindo a mais de 450 mil famílias que trabalham de sol a sol, sustentam seus filhos e põe comida na mesa do povo trabalhador!" diz Gleisi Hoffmann.
A deputada declarou que se não fosse o MST, não haveria um movimento organizado para dar condições para as famílias produzirem e que, segundo ela, "dão muito resultado para a economia brasileira".
Confusão na sessão da CPI do MST
A sessão da CPI do MST da Câmara desta quarta-feira (31) começou com um tumulto entre deputados governistas e o presidente da comissão, deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), que é da oposição ao governo Lula.
A confusão teve início depois que deputados governistas apresentaram uma série de questionamentos sobre o andamento dos trabalhos da CPI.
Zucco afirmou que o objetivo das chamadas "questões de ordem" levantadas pelos governistas era de atrasar o início da audiência pública com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). E negou os pedidos.
Diante da atitude de Zucco, os deputados da base protestaram e acusaram o presidente da CPI de "truculência".
Após o atrito, o presidente da Comissão, tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS) encerrou a sessão.