Não há como fazer mágica com preços da Petrobras, diz superintendente do Cade
Barreto afirma que não vê como gerar mudanças nos preços dos combustíveis durante as investigações em curso
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
O superintendente-geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Alexandre Barreto, afirmou nesta segunda-feira (16), que não há uma ‘reposta mágica’ para que haja a mudança na política de preços da Petrobras. A declaração foi dada em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
Barreto contrariou, através de sua fala, a expectativa de que as investigações sobre a Petrobras, que já estão sendo realizadas no órgão, poderiam levar a mudanças nos preços dos combustíveis.
"O Case não tem competência pra disciplinar a política de preços da Petrobras e não pode determinar a ela ou a qualquer empresa que pratique preço A ou B", afirmou o gestor, dizendo ainda que "o Cade não vai interferir na política de preços da Petrobras".
Além disso, Barreto pontuou que o Cade pode até tomar atitudes contra a empresa caso conclua haver práticas anticoncorrenciais, inclusive em logística e atividades correlatas a combustíveis. Mas, em geral, processos como esse demoram de dois a três anos.
“Impossível haver qualquer reação, qualquer resposta a curto prazo que vá impactar os preços dos combustíveis a partir dessas investigações”, finalizou o superintendente-geral.