‘Não não tem como prever o que ia acontecer em Manaus’, diz vice presidente, Hamilton Mourão
A nova cepa brasileira é recente, e pode ter surgido entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021

Foto: FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL
Na manhã desta sexta-feira (15), o vice-presidente, Hamilton Mourão, afirmou que não havia como prever o colapso no sistema público de saúde de Manaus por causa da nova variante do coronavírus que circula na capital amazonense. “Você não tem como prever o que ia acontecer com essa cepa que está ocorrendo em Manaus. Totalmente diferente do que tinha acontecido no primeiro semestre”.
Mourão defendeu a gestão do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. “Quando o ministro Pazuello falou de inverno na Amazônia, ele foi ridicularizado. O que é o inverno na Amazônia? A estação das chuvas. Há muita umidade e aumentam os casos de doenças respiratórias. Foi o que aconteceu naquele pico no início da pandemia e está acontecendo de novo”.
A nova variante do vírus da covid-19 com origem no Amazonas foi confirmada na última terça-feira (12), de acordo o Instituto Leônidas & Maria Deane da Fiocruz Amazônia. A nova cepa brasileira é recente, e pode ter surgido entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021.
Denominada provisoriamente de B.1.1.28 (K417N/E484K/N501Y), a variante do SARS-CoV-2 é a que foi identificada recentemente pelo Japão em quatro viajantes que retornaram da região amazônica brasileira em 2 de janeiro.
O pesquisador da Fiocruz Amazônia Felipe Naveca disse acreditar que a mutação não seja a única responsável pela aceleração de casos do coronavírus no Estado.