"Não vou me calar", diz Kannário sobre ação do governo no Ministério Público
Kannário chamou os policiais de agressores e afirmou que se alguma coisa lhe acontecesse, seria a mando de alguém da PM
Foto: Divulgação
O cantor e deputado federal Igor Kannário comentou as declarações que fez sobre a Polícia Militar durante sua passagem no Circuito Osmar (Campo Grande).
Kannário chamou os policiais de agressores e afirmou que se alguma coisa lhe acontecesse, seria a mando de alguém da PM. O governo da Bahia entrou com uma representação no Ministério Público contra o deputado após a declaração.
O deputado afirmou que a declaração foi uma reação ao perceber o tratamento agressivo de alguns policiais contra os foliões da sua pipoca.
“Mantenho meu imenso respeito pela Polícia Militar, valorosa instituição que tanto orgulha a Bahia. Mas ressalto que não vou me calar diante dos excessos, ainda mais contra a minha pipoca, que saiu das favelas para fazer uma festa linda na Avenida. Sou um político que tenho lado, e meu lado é o povo”, afirmou.
"Estou completamente tranquilo. Há diversos vídeos mostrando a ação inadequada de alguns policiais, que não condizem com a maioria da Polícia Militar, não só nesse ano. As imagens falam por si", completou.
Confira a nota completa :
Reitero meu respeito pela instituição Polícia Militar e tenho certeza de que não teríamos Carnaval sem a corporação, mas ressalto novamente que não vou me calar diante dos excessos. O comportamento equivocado não deve ser normalizado, ao contrário, deve ser criticado, sim, e medidas devem ser tomadas para que não ocorram excessos contra os foliões. Inclusive, elogiei diversas vezes o tratamento de policiais na minha pipoca. E sempre vou elogiar quando o comportamento for correto.
Sempre que vejo alguma confusão na minha pipoca, paro o trio e a música para chamar a atenção dos brigões. Agora, ano após ano, vemos casos de excessos contra foliões na pipoca do Kannário. Por que esse comportamento não é explicado? Será que o povo da favela merece ser tratado dessa forma sempre? São perguntas que seguem sem resposta.
Falei em cima do trio e repito aqui: fico triste com toda esta situação. Não queria parar meu desfile para reclamar da ação de alguns policiais, mas não vou me calar sempre que observar excessos. Meu grande desejo é que o povo da favela seja devidamente respeitado, seja no Carnaval seja no resto do ano.