"Ninguém está acima da lei", diz Alckmin sobre atos do 8 de janeiro
Vice-presidente fala sobre julgamento dos réus
Foto: Cadu Gomes/VPR
O vice-presidente Geraldo Alckmin, fez uma análise sobre o julgamento dos executores dos atos de 8 de janeiro: "Não tenho a menor dúvida de que estava em marcha um golpe de Estado no Brasil", disse em entrevista à GloboNews.
Questionado sobre a possível prisão do presidente Bolsonaro, Alckmin respondeu que caberá ao Judiciário decidir, mas acrescentou que é lamentável ter tido um presidente que atentou contra a Constituição e desmoralizou a Justiça Eleitoral. Quanto à participação de integrantes das Forças Armadas em atos conspiratórios, Alckmin defende a necessidade de "separar o joio do trigo", mas enfatiza: "Para golpista é cadeia, não tem desculpa. A lei vale para todos, ninguém está acima da lei".
Na esfera econômica, como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Alckmin propõe um aumento da competitividade e a descarbonização da economia. Questionado sobre a exploração de petróleo no Mar da Amazônia, ele destaca a importância de prospectar riquezas no subsolo, desde que com absoluto respeito ao Ibama e cumprimento das exigências.
Sobre a recente reforma ministerial, Alckmin elogia a ação do presidente Lula, que buscou garantir a governabilidade em um Congresso fragmentado. Ele vê como positiva a indicação de Márcio França para cuidar das pequenas empresas, ressaltando a importância desse setor, que sofreu com os impactos da pandemia.
Quanto à reforma tributária, Alckmin se mostra otimista e sugere uma transição mais ágil, com um prazo máximo de oito anos para a mudança da cobrança de impostos da origem para o destino. Ele defende ainda a taxação das aplicações financeiras dos mais ricos, tomando os Estados Unidos como exemplo a ser seguido.