No meio da pandemia, Azul e Latam acertam negociação para compartilhamento de voos

Diante da crise causada pela pandemia da covid-19, as concorrentes Azul e Latam acertaram uma parceria para compartilhamento de voos ('codeshare', no jargão do setor) no mercado doméstico. De acordo com as empresas o acordo será válido de início para 50 rotas em que somente uma delas atua. As passagens de voos compartilhados devem iniciar em agosto.

Diante da parceria, que se prorroga também para os programas de fidelidade e tem possibilidade de avanço para voos internacionais, as empresas tem intenção de aumentar a demanda por passagens, ao conectar um número maior de cidades brasileiras.

As companhias também poderão ofertar mais opções aos clientes, em uma estratégia de fidelização durante a crise. Um passageiro frequente da Azul, por exemplo, poderá viajar para um destino que antes só era atendido pela Latam adquirindo passagem da Azul, que receberá um porcentual no valor do bilhete.

Há possibilidade de prorrogação de acordo de codeshare ser prorrogado para rotas em que atualmente as empresas competem entre si, de acordo com informado com assessoria de imprensa da Azul. Contudo, a Latam se limitou a afirmar que o foco da parceria é "melhorar a conectividade dos itinerários com voos complementários operados por cada uma das empresas".

Caso avancem em um acordo que atinja também rotas sobrepostas, as companhias ganharão sinergia. No momento que uma parceria é acertada nesses moldes, uma das empresas deixa de realizar determinada rota, contudo, as duas vendem as passagens e dividem a receita. A companhia que para de atender o destino economiza, por exemplo, ao não necessitar mais de funcionários no aeroporto.