• Home/
  • Notícias/
  • Brasil/
  • Nordeste é a primeira região na fila de cirurgias eletivas paralisadas no SUS
Brasil

Nordeste é a primeira região na fila de cirurgias eletivas paralisadas no SUS

A região soma mais de 340 mil cirurgias travadas

Por Da Redação
Ás

Nordeste é a primeira região na fila de cirurgias eletivas paralisadas no SUS

Foto: Agência Brasil

Dados do Ministério da Saúde apontam que no Brasil, neste momento, há mais de 1 milhão de procedimentos cirúrgicos eletivos à espera no Sistema Único de Saúde (SUS). A região com a maior lista de espera no país, em números absolutos, é o Nordeste, com 347.248 operações em espera.

As cirurgias eletivas são aquelas que os pacientes necessitam fazer, mesmo sem correrem risco de morte, pois seu quadro clínico pode piorar, resultando em limitações ou sequelas futuras. 

Entre as intervenções cirúrgicas com os maiores atrasos, a campeã é a cirurgia de catarata (exceto no estado do Acre), que, de acordo com o Ministério da Saúde, historicamente, é o procedimento mais realizado nos programas de cirurgias eletivas no SUS. Atualmente, cerca de 167.000 pacientes no Brasil estão aguardando a realização deste procedimento 

A falta de investimentos e a má gestão dos recursos públicos estão entre as razões desse cenário. É o que afirma Raul Canal, presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem).

"Há um subfinanciamento do SUS no âmbito nacional e recursos mal direcionados e geridos nas demais instâncias. Isso afeta diretamente o cidadão, que acaba não sendo atendido. Quando o caso não é devidamente tratado, há uma necessidade muito maior de investimento depois", afirma Raul.

Para reduzir a fila em cerca de 45%, o governo federal lançou o Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas (PNRF) em fevereiro. No total, o Ministério da Saúde planeja repassar cerca de R$600 milhões para os governos estaduais, com base na população estimada.

Para receber os fundos, as entidades federativas tiveram de apresentar um plano detalhando o número de procedimentos eletivos na fila, a quantidade que poderia ser realizada com o investimento do governo e as instituições de saúde que realizariam as operações. Com esse investimento, estima-se que cerca de 487.000 cirurgias sejam realizadas no Brasil, aliviando parcialmente o tempo de espera.

Na avaliação do presidente da Anadem, é essencial ter este parâmetro do número total e iniciativas que façam jus ao problema de forma imediata, mas ele reforça a necessidade de ações em longo prazo. “Para que as filas sejam efetivamente controladas, precisamos de uma gestão federal planejada para os próximos anos”, finaliza.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br

Faça seu comentário

Nome é obrigatório
E-mail é obrigatório
E-mail inválido
Comentário é obrigatório
É necessário confirmar que leu e aceita os nossos Termos de Política e Privacidade para continuar.
Comentário enviado com sucesso!
Erro ao enviar comentário. Tente novamente mais tarde.