Novas imagens motram George Floyd implorando antes de ser morto: 'Eu não sou um cara mau'
Floyd se tornou ícone de protestos contra racismo no mundo
Foto: Reprodução
Um novo vídeo com imagens capturadas por uma câmera policial foi exibido ontem (31) em uma corte em Minneapolis, nos Estados Unidos, onde mostra o americano George Floyd implorando aos policiais enquanto era detido.
Floyd se tornou ícone de protestos contra o racismo no mundo após ter sido sufocado até a morte pela polícia em 2020. Nesta semana, um tribunal ouviu testemunhas no processo contra o policial Derek Chauvin, acusado de homicídio e homicídio culposo. As imagens mostram o policial Chauvin com o joelho no pescoço de Floyd por mais de nove minutos, enquanto Floyd implora para não ser ferido. Floyd diz: "Eu não sou um cara mau", ele diz.
Sobre as novas imagens
O tribunal viu imagens das câmeras nos corpos dos oficiais Thomas Lane, J Alexander Kueng e Tou Thao. A câmera de Chauvin caiu no chão enquanto a prisão se desenrolava e, portanto, não fez imagens do incidente.
Na filmagem da câmera de Lane, Floyd é visto sendo confrontado pela polícia. Ele implora: "Por favor, não atirem em mim (...) Acabei de perder minha mãe". Floyd está algemado e continua a implorar aos oficiais Lane e Kueng, dizendo que não está resistindo a eles e "fará tudo o que disserem".
Uma briga ocorre quando a polícia tenta colocar Floyd em um veículo. Ele começa a chorar e a resistir enquanto diz que está claustrofóbico e ansioso.
As testemunhas da cena começam a gritar com os policiais, pedindo que verificassem o pulso de Floyd e que parem de segurá-lo.
O que disseram as testemunhas no tribunal
A polícia foi acionada depois de Floyd usou uma nota falsa em uma loja de conveniência. O funcionário da loja, Christopher Martin, de 19 anos, disse que Floyd "parecia estar chapado" porque se esforçava para responder a perguntas simples, mas estava lúcido o suficiente para manter uma conversa.
Martin disse que vendeu a Floyd um maço de cigarros e recebeu a nota falsificada, mas segundo ele, Floyd "não parecia saber que era uma nota falsa".
Ele disse que considerou deixar a loja descontar de seu salário em vez de confrontar Floyd, mas então decidiu contar ao seu gerente. Outro funcionário chamou a polícia.
Martin, que testemunhou a prisão, disse que sente "descrença e culpa" porque "se eu simplesmente não tivesse aceitado a nota, isso poderia ter sido evitado".
O advogado de Chauvin, Eric Nelson, afirmou ao júri que o caso de Floyd é sobre as evidências e não sobre uma "causa política ou social". De acordo com ele, a vítima teria tomado drogas imediatamente antes da sua prisão "em um esforço para escondê-las da polícia", e sugeriu que isso contribuiu para sua morte.
O caso ainda está aberto e sendo investigado pela polícia americana.