Novos registros de armas para CACs sobe 333% em três anos no Brasil
Total saiu de 59.439 registros para 257.541
Foto: Agência Brasil
Dados do Exército Brasileiro mostram que, em comparação ao ano de 2018, houve um aumento de 333% no número de novos registros de armas para CACs (caçadores, atiradores e colecionadores de armas de fogo) em 2021. Nesse caso, o total saiu de 59.439 registros para 257.541. No mesmo período, o número de CACs aumentou 325%. Segundo o levantamento, passou de 255.402 registros ativos em 2018 para 1.085.888 no ano passado.
A concessão de registro para CACs é feita pelo Exército por meio do Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma). Outros civis que desejam ter armamento precisam fazer a solicitação à Polícia Federal pelo Sistema Nacional de Armas (Sinarm). No Senado, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) analisa uma proposta enviada pelo Executivo e aprovada na Câmara que flexibiliza as regras e o acesso a armas para a categoria, dando porte de arma a atiradores com mais de cinco anos de registro. Atualmente, eles têm a posse e permissão de carregar o armamento apenas para o local de treino, com trajeto definido.
O assunto é tratado há semanas na comissão, mas diante da resistência ao texto, a análise foi adiada. Em março deste ano, o relator Marcos do Val (Podemos-ES) incluiu diversas alterações em um novo relatório. A mais questionada, após o acolhimento de emendas, foi a ampliação do porte de arma para diversas categorias como, por exemplo, membros do Congresso Nacional, agentes socioeducativos, defensores públicos, policiais das assembleias legislativas, oficiais de justiça e do Ministério Público, peritos oficiais de natureza criminal dos estados e do Distrito Federal, agentes de trânsito dos estados, DF e municípios, auditores estaduais e distritais, advogados públicos da União, dos estados, do DF e dos municípios.