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Economia

Número 2 da Fazenda defende autonomia do Banco Central e transição sem 'arroubo político'

Dario Durigan comentou o assunto em evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta terça-feira (6)

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Número 2 da Fazenda defende autonomia do Banco Central e transição sem 'arroubo político'

Foto: Diogo Zacarias/MF

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou nesta terça-feira (6) que é a favor da autonomia do Banco Central e defendeu uma transição "sem arroubo político" ao fim da gestão de Roberto Campos Neto para evitar "precificações indevidas no mercado".

Durigan ainda enfatizou a importância da autonomia do Banco Central, aprovada no governo de Jair Bolsonaro (PL), para evitar interferências políticas. "Como se protege o Brasil? A gente tem que fazer as transições, seja a transição democrática, com a responsabilidade que foi demonstrada de 2022 para 2023 [...]  Somos a favor da autonomia do Banco Central. A autonomia do Banco Central garante que não haja oposição política, que haja diálogo técnico, que haja entendimento, isso é muito importante”. 

Dario Durigan representou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em um painel realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo, com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin.

A posição de Durigan contrasta com a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que é crítico da autonomia do BC. Na avaliação de Lula, a mudança na legislação priorizou interesses do mercado financeiro. 

O mandato do atual presidente do BC termina em dezembro, mas o nome do substituto de Roberto Campos Neto ainda não foi anunciado. A indicação será feita por Lula terá de ser aprovada pelo Senado.

No momento, o favorito para o cargo é Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária do Banco Central. Ele atuou na campanha de Lula e foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda na gestão de Fernando Haddad.

Equilíbrio das contas

Durigan afirmou que outra forma de proteger a economia brasileira é insistir na política de equilíbrio das contas públicas. O governo tem sido criticado por especialistas que defendem cortes de gastos no orçamento público.

"A Fazenda não abre mão do equilíbrio das contas públicas. Gostaríamos de ter feito antes, não foi possível. Vamos fazer esse ano, vamos fazer no ano seguinte. Isso vai dar tranquilidade para o país, mantém uma taxa de juros mais baixa, gerar emprego, gerar estabilidade, aumentar o fluxo da balança comercial", disse o secretário-executivo.

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