Número de botos mortos em Coari, no Amazonas, alcança 98
Seca histórica é apontada como possível causa
Foto: Rede Amazônica
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) anunciou na noite de terça-feira (14) que o número de botos encontrados mortos em Coari, no Amazonas, chegou a 98. O levantamento levanta preocupações sobre a relação entre as mortes e a seca histórica que assola a região em 2023.
A vazante contínua, mesmo com sinais de melhora nos rios Negro e Solimões, colocou todas as 62 cidades do Amazonas em estado de emergência, incluindo a capital Manaus.
Em Coari, localizada a 360 quilômetros da capital, 98 botos, conhecidos como golfinhos de água doce, foram encontrados mortos no Rio Solimões em menos de 30 dias. Uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal em Coari (Ufam/Coari) identificou 23 carcaças duas semanas atrás, a maioria sendo botos-vermelhos (Inia geoffrensis). No início desta semana, o número de animais mortos já havia atingido 79.
O ICMBio aponta que os casos podem estar relacionados à seca extrema na região. Uma operação de emergência está em andamento para compreender as causas das mortes.
Em Tefé, entre setembro e outubro, 153 botos já haviam sido registrados mortos. O boletim mais recente divulgado na segunda-feira (13) elevou esse número para 155. As espécies afetadas são botos-vermelhos (Inia geoffrensis) e tucuxis (Sotalia fluviatilis).
Uma equipe de pesquisadores está monitorando os casos em Coari, coletando informações para identificar as causas dessas mortes alarmantes.