Número de brasileiras ameaçadas por armas aumentou 1,1 milhão em 2022, aponta pesquisa
Levantamento foi divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública
Foto: Agência Brasil
De acordo com o levantamento Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil, divulgado nesta quinta-feira (2), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o número de mulheres brasileiras ameaçadas por armas de fogo e brancas, como facas, aumentou 1,1 milhão de 2021 para 2022.
A pesquisa apontou que 7,4 milhões de brasileiras foram vítimas de alguma violência física no ano passado. A ameaça com faca ou arma de fogo representa 5,1% dessas agressões. O estudo também indica que 1,6% (1 milhão) de mulheres foram vítimas de esfaqueamento ou tiro no último em 2022.
“Não é possível mensurar se o resultado é consequência do aumento substancial de facas e outras armas brancas na sociedade brasileira, mas sabemos que o país teve recorde de registros de armas de fogo, o que pode se refletir no número de ameaças retratadas pela pesquisa”, diz Samira Bueno, socióloga e diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Segundo relatório da ONG, todas as formas de violência contra a mulher aumentaram, mas os casos de violência física ou ameaças graves com arma, que podem acabar em feminicídio, registraram um crescimento acentuado.
A pesquisa foi feita de 9 a 13/1 com abordagem pessoal de mulheres com mais de 16 anos em pontos de fluxo populacionais. O levantamento foi solicitado ao Instituto Datafolha pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A margem de erro para a amostra nacional sobre violência contra a mulher é de três pontos para mais ou para menos.