Número de mortes no território Yanomami registra queda de 10%

O Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (Siasi) revelou que, em 2023, foram registradas 308 mortes no território Yanomami, representando uma redução de 10% em relação ao ano anterior, que contabilizou 343 mortes. Embora haja uma diminuição, as causas principais de morte ainda incluem Influenza (gripe), doenças por protozoários e destruição.

A situação de emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, declarada pelo governo federal em 20 de janeiro do ano passado, desencadeou diversas operações no território indígena ao longo de 2023. O Ministério da Saúde implementou ações como a ampliação do número de profissionais, testes em massa para malária, criação dos primeiros Centros de Recuperação Nutricional e contratação de nutricionistas.

As forças de segurança atuaram contra invasores da terra indígena, mas em dezembro de 2023, a Justiça Federal em Roraima determinou a criação de um novo cronograma de ações, diante de relatos de retrocesso, com não indígenas retornando para atividades ilícitas de exploração mineral. O MPF denunciou aliciamento, prostituição, incentivo ao consumo de drogas e álcool, e até estupro de indígenas por garimpeiros.

Em 9 de janeiro de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de um encontro com ministros e representantes do governo para discutir a situação da Terra Indígena Yanomami. O objetivo foi fazer um balanço do que foi realizado em 2023 e traçar novas políticas públicas de assistência. Para 2024, está previsto um investimento de R$ 1,2 bilhão, com a presença permanente da Polícia Federal e das Forças Armadas na região.