Número de mulheres aumenta na magistratura trabalhista
o TRT5 na Bahia liderou com 60% de juízas
Foto: Divulgação/TRT5
A composição de juízes na Justiça do Trabalho apresentou um marco significativo em termos de equidade de gênero, atingindo 49% de juízas em relação a 51% de juízes em 2022, conforme a pesquisa "Justiça em Números" divulgada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Vários tribunais trabalhistas ultrapassaram a média nacional de 38% de mulheres na magistratura, chegando a quase 60% em alguns casos.
Entre os Tribunais Regionais do Trabalho, o TRT5 na Bahia liderou com 60% de juízas, seguido pelo TRT2 em São Paulo com 58% e o TRT6 em Pernambuco com 55%. No entanto, apesar dos avanços, o CNJ ressaltou que a representatividade feminina no Judiciário brasileiro ainda é baixa, especialmente quando comparada a países europeus, onde as mulheres já compõem mais da metade da magistratura.
A desigualdade de gênero também é evidente nos tribunais superiores, onde apenas 21% das posições são ocupadas por ministras. O CNJ enfatizou que essa desigualdade se estende aos níveis mais altos da carreira e na composição dos tribunais superiores em todas as áreas da Justiça. Na Justiça Militar, a participação feminina foi de 21%, enquanto na Justiça Federal e Eleitoral foi de 31% e 34%, respectivamente.
Embora os avanços na magistratura trabalhista sejam louváveis, persistem desafios para garantir uma representação equitativa em todas as áreas do Judiciário brasileiro. O levantamento também revelou que o país possui um volume significativo de 81,4 milhões de processos em tramitação, indicando a complexidade e a demanda por resoluções judiciais.