Emprego: Número de postos intermitentes seguem crescendo em meio a pandemia

Mais de 27 mil vagas foram criadas na primeira metade de 2020

Por Da Redação
Ás

Emprego: Número de postos intermitentes seguem crescendo em meio a pandemia

Foto: Reprodução/Sintrajufe-RS

Desde novembro de 2017, quando entrou em vigor a nova lei trabalhista, foram fechados 194.649 postos com carteira assinada no país. No mesmo período, na modalidade intermitente, foram criadas 170.649 vagas. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e vão até julho deste ano. Entretanto, em meio à maior recessão da história, a modalidade intermitente vem mantendo o saldo positivo com a criação de 27.487 postos de janeiro a julho. 

O trabalho intermitente foi autorizado pela reforma trabalhista há quase três anos, e o saldo de vagas da modalidade foi positivo em todos os meses, com exceção de abril deste ano, quando as atividades estavam paralisadas no país devido à pandemia. Naquele mês, o país fechou o total de 927,6 mil vagas, o pior resultado da série histórica da Secretaria Especial de Trabalho e Previdência do Ministério da Economia, que tem início em 1992.

Na modalidade intermitente, foram quase 3 mil postos fechados. Entre 2018 e 2019, essa modalidade teve um salto: passou de 51.183 para 85.716 vagas. Ainda assim, até agora, as contratações na modalidade estão bem abaixo da expectativa divulgada pelo governo na época da criação da modalidade, de criar 2 milhões de empregos em 3 anos, ou 55 mil vagas por mês. Enquanto isso, o país tem 12,8 milhões de pessoas desempregadas, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, observou que o trabalho intermitente tem crescido nos últimos anos, mas, segundo ele, essa modalidade não foi destinada a substituir outros modos de contratação. “Foi criada para fornecer ao mercado uma forma de contratação que não existia”, disse.

Ele ainda afirma que a modalidade surgiu por conta de relatos de empresas da necessidade de contratações para  a realização de trabalhos esporádicos, e que seria impossível para elas manter essas pessoas contratadas de maneira permanente.

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