Brasil

O calor intenso mata 15 milhões de pessoas ao ano

O aumento das altas temperaturas pode ter efeitos fatais

Por Da Redação
Ás

O calor intenso mata 15 milhões de pessoas ao ano

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Morre mais gente em decorrência de complicações do calor do que de todos os demais extremos climáticos combinados e a tendência é de mais calor, adoecimento e morte. O Brasil está entrando no período de intensificação da pior onda de calor já registrada em território nacional sob um alerta de saúde pública. O calor se tornou um dos maiores problemas de saúde da Humanidade e mata cerca de 15 milhões de pessoas por ano no mundo, destaca um relatório conjunto recém-publicado da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização Mundial de Meteorologia (OMM). Já é dado como certo que este será o ano mais quente da história, segundo análise desta semana da OMM.

Pelo menos um quarto da Humanidade foi exposto a níveis perigosos de calor nos últimos 12 meses, o período mais quente dos últimos 125 mil anos, segundo a instituição Climate Central. Os dados mostram que entre 2000 e 2019, o calor matou 489 mil pessoas por ano no mundo. Mas as organizações destacam que esse número é subestimado, pois a mortalidade associada ao calor não é corretamente notificada na maioria dos países. O relatório diz que o número real de mortes é, no mínimo, 30 vezes maior. Quase sempre, o calor mata porque agrava doenças pré-existentes, mas também porque é negligenciado. O brasileiro se acha acostumado e acaba não se protegendo de temperaturas superiores à tolerância humana, advertem médicos e biometeorologistas.

O perigo, não importa a idade e a boa saúde, começa quando a temperatura do ar supera a do corpo humano, de cerca de 36,5 graus Celsius, explica Fábio Gonçalvez, professor de biometeorologia da Universidade de São Paulo (USP). Acima dessa temperatura, o corpo fica sobrecarregado para se manter em equilíbrio. Esta onda de calor chama atenção pela dimensão da área atingida, pela intensidade e a duração, pois pode se prolongar por dez dias ou mais em alguns lugares, E quanto maior o tempo de exposição, maior o risco.

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