O pop abraça a XX Bienal do Livro Rio de Janeiro
Aos detalhes...
O primeiro sábado de Bienal do Livro Rio celebrou a arte, a música, as mídias. Quem marcou presença foram as escritoras best-sellers Thalita Rebouças e Paula Pimenta, além do cantor Vitor Kley, que acaba de lançar o projeto literário-musical Turma do Menino Sol. O dia fica ainda mais musical e com direito a karaokê, com fãs de todas as idades. Isso porque o cantor Lulu Santos lança neste sábado o songbook Lulu Traço & Verso, na Estação Plural, com ilustrações de Daniel Kondo, comemorando os 40 anos de carreira.
“Muito emocionada de estar na Bienal, perto dos meus leitores, e num lugar que considero como essencial para a minha carreira literária. Muito feliz de ver o público de perto”, comentou Thalita. A Bienal, realizada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e pela GL events, multinacional francesa presente em 27 países e líder global no mercado de eventos, acontece até o dia 12 no Riocentro, Barra da Tijuca.
A mesa de abertura do dia - "As desigualdades e as elites no Brasil" - atraiu o público para uma conversa em torno do racismo estrutural, discutindo para onde caminhamos neste cenário de incertezas sanitárias, políticas e econômicas. Com mediação do jornalista Ruan de Sousa Gabriel, o papo contou com as participações do sociólogo Jessé Souza, do jornalista Muniz Sodré (on-line) e da colunista e apresentadora Luana Génot. Os três debateram o rumo da desigualdade e das elites no Brasil, que são temas de seus novos livros.
Logo em seguida, a Estação Plural recebeu a mesa dos Acadêmicos Pós-Pandêmicos com escritores e pensadores imortais, fazendo uma reflexão do passado e do presente pensando no futuro. A mesa foi mediada pela escritora Bia Corrêa do Lago e contou com a participação do poeta Geraldo Carneiro, da jornalista Rosiska Darcy de Oliveira, do compositor Antonio Cicero, do escritor Antônio Torres e do homenageado na abertura da XX Bienal do Livro Rio, o jornalista Zuenir Ventura.
Entre fotos e compras de livros, a estudante Luana Duarte, de 19 anos, comemorou a realização da Bienal do Livro
“É minha terceira bienal, e todas são especiais. Mesmo que essa esteja menor, estou feliz que isso esteja acontecendo. Muito bom estar de volta a eventos presenciais. Já comprei três livros e trouxe minha mala para levar. Quero comprar mais”, comentou a carioca.
O maior festival de cultura e literatura do país também dedica um espaço especial na sua programação para comemorar os 10 anos do movimento com a sessão “Flupp: Da periferia para o centro, do centro para a periferia”, com a participação da cineasta premiada Yasmin Thayná, o escritor Jessé Andarilho, a poeta Monique Nix e o escritor Rodrigo Santos. A conversa sobre as trajetórias de nomes tão fortes da cena cultural carioca foi mediado por Heloisa Buarque de Hollanda e Ana Maria Machado, fundamentais para a história da Flupp.
A estudante Ana Cristina era uma das jovens presentes na plateia da Estação Plural durante a terceira mesa do dia, “Em todas as mídias”, que debateu as diferentes possibilidades de se adaptar uma histórias.
"Eu estou muito emocionada de estar aqui na Bienal. A Thalita mudou a minha vida. Eu escrevo fanfic e para mim é inspirador estar perto de tanta gente que eu admiro.”
Autores independentes
Autores independentes também marcam presença no evento. No Pavilhão Laranja, o público pode conhecer histórias inspiradoras e conversar diretamente com os escritores. Entre eles está a baiana Silvana Oliveira, autora do divertido “Faladas de Sofia”, uma coletânea de diálogos inspirados nas conversas que ela teve com a filha Sofia, durante seus primeiros oito anos de vida.
Toda a família tem participação no projeto. A expressão “faladas” que compõe o título da obra, era usada por Rafael, outro filho, quando pequeno. “É um livro divertido, com muitas tiradas engraçadas que toda mãe já teve que responder. 'Faladas de Sofia' é uma viagem à inocência da mente infantil e uma reflexão sobre a visão de mundo das crianças”, conta Silvana que está na Bienal do Livro para divulgar seu trabalho acompanhada do marido e os dois filhos.
Confira os destaques deste domingo (05.12):
11h: Jornalismo e democracia sob ataque
A mesa receberá as jornalistas Miriam Leitão, colunista da GloboNews que acaba de lançar "A democracia na armadilha: Crônicas do desgoverno" (Intrínseca), Patrícia Campos de Mello, da Folha de S. Paulo e autora do aclamado "A Máquina de Ódio" (Cia das Letras), e Cecília Olliveira, do El País Brasil, profissional dedicada à cobertura do tráfico de drogas e de armas, além da violência.
13h: Fantasia e Tormenta
Romances de Tormenta e Fantasia se tornaram ainda mais populares durante a pandemia entre os leitores no Brasil e do mundo. Nesta mesa os autores Karen Soarelle, Raphael Draccon e Leonel Caldela conversam sobre a globalização de livros e autores e as adaptações dessas obras para outros formatos de entretenimento.
15h: Horror nosso de cada dia
A escritora argentina Mariana Enriquez e os norte-americanos Matt Ruff e Josh Malerman, todos online, conversam sobre as narrativas do Horror e do Fantástico, tanto entre ficção e realidade, como entre palavra e imagem, em correlação com as obras dos autores convidados. A mediação é de de Mariana Jaspe e Dennison Ramalho.
17h: Ficção e realidade no crime
Conduzida por Carol Moreira e Mabê Bonafé, apresentadoras do podcast de sucesso Modus Operandi, a mesa “ficção e realidade no crime”, traz os autores Raphael Montes e Ivan Mizanzuk para uma conversa sobre histórias de crimes reais brasileiros, publicados e adaptados como ficção ou documentários investigativos que colocam o gênero true crime como um fenômeno.
19h: Amazônia: um olhar de dentro da floresta
Uma conversa para os interessados em desenvolver conexões espirituais e emocionais com a floresta, trazendo novas perspectivas para nossas relações com as plantas e sua biodiversidade. Com mediação de Estevão Ciavatta, Monica Gagliano, Rita Carelli, Eliane Brum e André Fernando Baniwa debatem com o público.
Serviço
A Bienal do Livro ocorre até o dia 12 de dezembro. Os ingressos estão à venda pelo site da Bienal, que também vai transmitir todas as sessões da programação. Há bilheteria física, com ingressos limitados por turno. Importante: apresentação de passaporte de vacina. O uso de máscaras é obrigatório.
Riocentro – Avenida Salvador Allende, 6555, Barra da Tijuca
Horários:
Sextas: 9 às 22h
Sábados e domingos: 10 às 22h
Segunda a quinta: 9h às 21h