O primeiro lote de rodovias a serem privatizadas pelo governo federal vai a leilão nesta sexta-feira (25)

A administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marcou para esta sexta-feira (25), o início do processo de privatização de rodovias no Brasil, com o leilão do primeiro lote de trechos rodoviários a serem transferidos para a iniciativa privada. O evento aconteceu na sede da Bolsa de Valores Brasileira, a B3, e conta com a presença do Ministro dos Transportes, Renan Filho. 

O critério principal para determinar o vencedor da disputa é a oferta da menor tarifa de pedágio durante a gestão dos trechos. De acordo com os cálculos do governo do Paraná, a tarifa ficaria em R$ 0,10673 por quilômetro. O primeiro conjunto de rodovias a ser vendido compreende sete trechos, totalizando 473,1 quilômetros, entre rodovias federais e estaduais no estado do Paraná. O Ministério dos Transportes estima que o projeto possa injetar cerca de R$ 7,9 bilhões ao longo dos próximos 30 anos, destinados a expansão, duplicações, infraestrutura e segurança dessas vias.

O plano completo do governo inclui o leilão de seis lotes, sendo que o segundo deverá ocorrer ainda este ano. As empresas interessadas tiveram até a segunda-feira (21) para apresentar suas propostas, documentação e participar da sessão pública para disputa de preços. A homologação dos resultados está prevista para o dia 27 de outubro, com a assinatura do contrato com a empresa vencedora programada para ocorrer até o dia 29 de dezembro. O leilão permitiu a participação de empresas brasileiras ou estrangeiras, tanto de forma individual como em consórcio.

Os trechos abrangem áreas como Curitiba, Região Metropolitana, Centro-Sul e Campos Gerais do Paraná. O governo do estado fornecerá detalhes sobre as melhorias previstas para essas rodovias. Conforme o edital, divulgado em maio pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), estão planejadas duplicações de 344 quilômetros e a adição de faixas extras em 210 quilômetros, além de novos acostamentos, vias marginais, ciclovias, viadutos, trincheiras e passarelas. Cinco praças de pedágio também estão previstas ao longo dos trechos.

O contrato terá duração de 30 anos, com as principais intervenções a serem realizadas nos primeiros cinco anos. A concessionária selecionada também será responsável por custos operacionais que somam cerca de R$ 5,2 bilhões durante o período, incluindo serviços médicos e mecânicos, áreas de descanso para caminhoneiros e sistemas de pesagem.