Obras destruídas no 8 de janeiro começam a ser reintegradas ao Planalto após restauro
Ao todo, 21 obras foram restauradas em um laboratório montado no Palácio da Alvorada
Foto: Rogério Melo/Presidência da República
As obras destruídas nos atos de 8 de janeiro de 2023 foram restauradas e começaram a voltar para o Palácio do Planalto nesta segunda-feira (6). As peças serão oficialmente reintegradas ao acervo do governo em uma cerimônia na quarta-feira (8), que marcará os dois anos do atentado.
Ao todo, 21 obras foram restauradas em um laboratório montado no Palácio da Alvorada, enquanto o relógio de pêndulo destruído foi recuperado na Suíça.
Três obras chegaram ao Planalto nesta segunda: o quadro As Mulatas, de Di Cavalcanti, principal peça do Salão Nobre do Palácio do Planalto, com valor estimado em R$ 8 milhões; a obra O Flautista, de Bruno Giorgi, escultura em bronze que foi completamente destruída, com valor estimado em R$ 250 mil; e a escultura de parede em madeira de Frans Krajcberg, com valor estimado em R$ 300 mil.
Segundo o Planalto, o relógio Balthasar Martinot Boulle, do século XVII, será levado nesta terça-feira (7) para o Palácio.
Obras no STF
O Supremo Tribunal Federal (STF), também afetado pelos atos de 8 de janeiro de 2023, também receberá novas obras de arte na quarta-feira (8).
Uma delas é a reparação da toga da ministra aposentada Rosa Weber, que era presidente do STF no dia da invasão. A sala da Presidência do Supremo foi um dos locais mais afetados, com uma tentativa de atear fogo ao escritório.
Foto: Divulgação
A peça intitulada" Manto da Democracia", da artista Valéria Pena-Costa, conta com a participação de 60 mulheres no projeto. Outra obra é uma uma pintura sobre tela com tonalidade em preto inspirada no luto das páginas carbonizadas da Constituição Federal. Idealizada pelo artista Carppio de Morais, ela fará referência histórica da escravisão até os dias atuais.