Oito em cada 10 geladeiras deixarão de ser vendidas no Brasil, diz levantamento
Pesquisa aponta que das 528 gelageiras registradas, apenas 99 atendem critérios do governo
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil.
As alterações promovidas pelo governo Lula no mercado de refrigeradores resultarão na impossibilidade de comercialização de oito em cada dez (81,25%) geladeiras registradas no Imetro [Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia], conforme levantamento feito pelo R7.
Segundo os cálculos, das 528 geladeiras registradas (refrigeradores e refrigeradores-congeladores de 110 V ou 220 V), apenas 99 (18,7%) atendem aos novos critérios estabelecidos. A partir de 31 de dezembro, a nova regulamentação do MME (Ministério de Minas e Energia) exige que os refrigeradores apresentem uma eficiência energética mínima de 85,5%. Em 2025, esse padrão será elevado para 90%, demandando que a indústria ajuste suas geladeiras de acordo.
A Eletros (Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), que representa os fabricantes da linha branca, estima que 83% das unidades não atendem atualmente a esse requisito nas fábricas. Consequentemente, a entidade prevê que somente os produtos de alto padrão, com preços mínimos entre R$ 4.000 e R$ 5.000, estarão disponíveis no mercado. Atualmente, os refrigeradores têm um valor de entrada em torno de R$ 2.000.
A resolução do MME estabelece que varejistas e atacadistas têm até 31 de dezembro de 2025 para comercializar os produtos que não atendem ao nível mínimo de 85,5%.