Ômicron no Brasil: um cenário possível
Confira o editorial desta quinta-feira (30)

Foto: Divulgação
Desde que a nova cepa da Covid-19, a Ômicron, apareceu na África, estava evidente que era uma questão de tempo para a variante tomar o mundo e, claro, chegar ao Brasil.
Oficialmente, o país dá conta de 77 casos confirmados pela Ômicron, um número baixo se comparado aos casos em nações europeias e nos Estados Unidos, no entanto, já é uma realidade por aqui.
Acontece que a ciência ainda encontra dificuldades para saber com exatidão a dominância da variante no Brasil. Não são todos os exames que fazem o sequenciamento genético do vírus, além disso, alguns falham na detecção de algumas mutações. Ou seja, a Ômicron pode estar em muitos outros organismos do que o índice dado como oficial.
Um levantamento recente, divulgado ontem, ao menos evidencia um cenário provável. Segundo o Instituto Todos pela Saúde, a incidência da Ômicron em oito estados brasileiros é de 31,7%, sendo São Paulo em Rio de Janeiro com mais incidência da nova cepa.
Pode – e deve – ser maior: um monitoramento do Albert Einstein mostrou que 62% das amostras sequenciadas pelo hospital nos últimos 30 dias foram da Ômicron.
Este é o alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS), que teme uma avalanche de casos no Brasil e mundo afora. Apesar de parecer mais leve, são poucas as informações disponíveis até então, e o que se pode fazer é resgatar aqueles hábitos do início de pandemia: do famigerado distanciamento social, uso de máscara constante e higienização das mãos.