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OMS: câncer renal está entre os 14 mais incidentes do mundo

Campanha “Junho Verde” alerta para a importância de reconhecer os sinais da doença e procurar tratamento precoce

Por Da Redação
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OMS: câncer renal está entre os 14 mais incidentes do mundo

Foto: Getty Images

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o  câncer renal está entre os 14 tipos mais comuns de câncer no mundo, com mais de 400 mil diagnósticos e mais de 170 mil mortes em 2020. No Brasil, a doença está entre os 13 tipos de câncer mais incidentes, com quase 12 mil casos e mais de 4 mil mortes no mesmo período. Com o objetivo de alertar a população, nesta sexta-feira (18) é celebrado o Dia Mundial do Câncer de Rim. A data marca o início da campanha de conscientização sobre a doença que se prolonga por todo o mês de junho, batizado de “Junho Verde”. A informação é da CNN Brasil.

Segundo a psico-oncologista Luciana Holts, presidente do Instituto Oncoguia, a falta de informação sobre os sintomas e as causas do câncer renal e a ausência de um protocolo para rastreá-lo podem levar a um diagnóstico tardio. “Todos precisam saber que essa doença existe, como identificá-la e evitá-la”, afirma.  A campanha “Junho Verde” também tem o objetivo de mostrar a importância dos rins para o organismo. O órgão filtra, em média, 180 litros de sangue por dia e é responsável por manter o equilíbrio da água e sais do corpo, fabricar hormônios que estimulam a produção de glóbulos vermelhos, além de ajudar na regulagem da pressão arterial.

Sintomas

O oncologista José Maurício Mota, chefe do Grupo de Tumores Geniturinários do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp - USP), explica que os rins não emitem um alerta logo que começam a sofrer alterações. “Habitualmente, os pacientes não têm sintomas, a menos que estejam em fases mais avançadas da doença. Na região onde os rins se encontram existe um espaço significativo para que esse tumor cresça sem causar nenhum alerta, o que agrava as chances de gerar metástase”, explica Mota.

Por esse motivo, a maior parte das pessoas diagnosticadas com câncer renal acaba descobrindo o problema por acaso, por meio de ultrassom, tomografia ou outro exame de imagem, quando está tentando rastrear outro tipo de doença.  Os principais sintomas do câncer de rim são sangramentos na urina, dor lombar ou nos flancos e surgimento de uma massa lateral, como um caroço embaixo da costela, segundo Mota. “Outros sinais, como cansaço, fadiga e perda de peso também podem aparecer e são mais comuns quando a doença já está se espalhando. Seja qual for o sintoma, é fundamental buscar orientação médica”, afirma o oncologista. 

Tratamento

O câncer de rim é classificado em 4 fases, de acordo com a gravidade, segundo o oncologista Fernando Maluf, fundador do Instituto Vencer o Câncer (IVOC). Ele explica que quando a doença está na fase 1, com tumor de até 7 centímetros, as chances de cura são grandes, acima de 95%. Elas vão diminuindo com a evolução do tumor, chegando a menos de 10% na fase 4, quando ele atinge outros órgãos.

Existem três tipos de tratamentos precoces: a cirurgia, chamada de nefrectomia parcial (retirada de uma parte do rim), a radiofrequência por congelamento ou aquecimento (que utiliza ondas de rádio para destruir as células do tumor) e a observação.  Pessoas muito idosas ou que possuem outras doenças podem ser observadas, porque tumores precoces têm um ritmo muito lento de crescimento, menor do que 0,5 a 0,8 cm por ano. Para as fases 2 e 3, o tratamento é cirúrgico e consiste na retirada parcial ou total do órgão. Dependendo do caso, após a cirurgia, são recomendados medicamentos imunoterápicos, que induzem o organismo a combater as células cancerígenas. Na fase 4, quando a doença já está em estágio de metástase, é usada uma combinação de medicamentos imunoterápicos e angiogênicos, que bloqueiam os vasos tumorais, evitando que chegue oxigênio ao tumor. 

 

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