Coronavírus

OMS pede campanhas de governos com base na ciência contra a desinformação

Um guia será criado nos próximos dias para combater a infodemia

Por Da Redação
Ás

OMS pede campanhas de governos com base na ciência contra a desinformação

Foto: Reprodução

A Organização Mundial de Saúde (OMS), preocupada com a onda de desinformação sobre a pandemia do novo coronavírus, orienta que os governos conscientizem a população sobre a necessidade de buscar informação em locais de credibilidade e com base científica. Além disso, reforça que mensagens oficiais devem ter base na ciência e provas.

De acordo com a agência, a campanha de desinformação amplia os riscos para a saúde e a angústia de milhões de pessoas em quarentena. 

"A resiliência à desinformação depende de uma forte educação digital e de saúde. Para o facilitar, as autoridades poderiam realizar campanhas de informação sobre a forma de transmitir informações precisas, de uma forma semelhante ao de promover a higiene pessoal", sugere.

Para a OMS é fundamental construir "a confiança do público na autoridade de saúde e em outras autoridades relevantes". Isso seria "essencial para mitigar os efeitos negativos do impacto de uma infodemia". 

"A fim de criar e manter a confiança, as agências de saúde pública e outras autoridades têm de ser transparentes quanto à evolução dos acontecimentos à medida que estes se desenrolam", defende a OMS.

A Agência está, desde fevereiro, mobilizando recursos e grupos para lidar com o fenômeno da infodemia. A OMS reuniu, na semana passada, peritos e mais de 1,3 mil participantes. Foram também apresentadas mais de 500 ideias e, nos próximos dias, um guia será apresentado aos governos sobre como podem atuar. 

A orientação será baseada em quatro pontos:

1. As intervenções e as mensagens devem ser baseadas em dados científicos e em provas. 
2. Estes conhecimentos devem traduzir-se em mensagens e em mudança de comportamento, apresentadas de forma acessível a todos os setores de todas as sociedades. 
3. Os governos devem chegar às comunidades-chave para compreender as suas preocupações e necessidades de informação, para melhor adaptar os conselhos e mensagens que possam ajudar essas comunidades a dirigir-se ao seu público. 
4. Devem ser formadas parcerias estratégicas com os meios de comunicação social e as plataformas tecnológicas e partes interessadas, bem como com outras partes interessadas relevantes, tais como as do meio acadêmico e da sociedade civil.
 

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