ONU alerta para cenário 'apocalíptico' na Faixa de Gaza
Mais de 16,2 mil mortos e 1,9 milhão de deslocados, sendo mulheres e crianças mais de 60% das vítimas
Foto: OMS
Dois meses após o início dos confrontos entre Hamas e Israel, a Faixa de Gaza enfrenta uma situação devastadora, com a ONU alertando para um cenário "apocalíptico". Mais de 16,2 mil mortos e 1,9 milhão de deslocados, sendo mulheres e crianças mais de 60% das vítimas, evidenciam a urgência de uma solução para a crise.
Em 7 de outubro, um ataque do Hamas contra Israel resultou em 1,2 mil mortos e o sequestro de mais de 200 pessoas, desencadeando um período de instabilidade no Oriente Médio.
A resposta de Israel, com uma ofensiva sem precedentes prometendo "aniquilar" o Hamas, levanta preocupações de genocídio, conforme alertam relatores da ONU. Resoluções do Conselho de Segurança não impediram o avanço israelense, explicitamente apoiado pelos EUA, enquanto apelos para a liberação de reféns pelo Hamas permanecem sem resposta.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, em carta ao Conselho de Segurança, adverte sobre o risco iminente de colapso da ordem pública em Gaza, com pilhagens, desespero e a interrupção de serviços essenciais.
Após breves dias de trégua, Israel retoma ofensiva militar, avançando sobre todas as regiões de Gaza, incluindo zonas declaradas como seguras. No último dia 6 de dezembro, mais de 100 pessoas perderam a vida em prédios residenciais em Jabalia camp.
O informe da ONU destaca a interrupção da ajuda humanitária, a chegada massiva de deslocados internos e ordens de evacuação que afetam quase 30% da Faixa de Gaza. A situação de fome se agrava, ameaçando a população civil, enquanto 212 ataques a serviços de saúde aumentam o desafio para os trabalhadores humanitários.
Com 88 soldados israelenses mortos, surtos de doenças e hospitais operando acima da capacidade, a crise humanitária em Gaza atinge proporções alarmantes, demandando ação urgente da comunidade internacional.