ONU vai examinar violência policial no Brasil após investigação no caso Floyd
Órgão vai avaliar chacina em Vila Cruzeiro e morte de Genilvado Santos
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Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para examinar o racismo e a violência depois da morte do americano George Floyd, o órgão vai avaliar a situação brasileira após os casos da chacina em Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, e da morte de Genivaldo Santos, asfixiado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A denúncia foi entregue pela Comissão Arns, em um esforço da entidade formada por alguns especialistas em direitos humanos. O órgão foi estabelecido no final de 2021 e é um dos principais resultados do processo no cenário internacional. As informações são da coluna de Jamil Chade, do UOL.
O grupo de ativistas pediu aos relatores da ONU que o governo brasileiro fosse pressionado a realizarem uma "investigação rápida e imparcial dos assassinatos". Na carta, a entidade cita ainda a "necessidade de preservar as evidências das cenas do crime, a fim de elucidar, tanto quanto possível, a hipótese de execuções sumárias".
A ONU ainda é solicitada a "elaborar uma análise minuciosa da discriminação racial envolvida no massacre, e apresentar medidas para erradicar as causas subjacentes que levam à execução desproporcional de pessoas de ascendência africana pelas forças policiais".
No documentos, os ativistas ainda pedem que as autoridades se desculpem diante das mortes e da ofensiva. "Os massacres passaram a fazer parte do cotidiano da população pobre e negra da região do Grande Rio de Janeiro, afetando muitos dos bairros mais pobres e negros desta região metropolitana", alertam.