Operação Overclean: PF não descobre de quem é mala de dinheiro apreendida em jatinho e STF deve avaliar linha de investigação policial

A mala com R$ 1,5 milhão em dinheiro vivo encontrado em um jatinho que saiu de Salvador com destino a Brasília segue sendo um ministério. Apreendida em dezembro pela Polícia Federal, por meio da Operação Overclean, a bolada é investigada como de origem ilícita e que seria destinada ao pagamento de propina na capital, mas as autoridades ainda não descobrirem a quem seria repassado os valores. As informações são da revista Veja. 

A operação foi iniciada a partir da descoberta de uma licitação fraudada para pavimentação de ruas sob responsabilidade de um órgão estatal de combate a secas e que, após se aprofundar sobre a movimentação financeira dos suspeitos, que movimentou mais de R$ 1 bilhão nos últimos anos. 

O caso agora poderá ser desvendado no inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e caberá ao ministro Kassio Nunes Marques, relator da operação, autorizar as futuras diligências e avaliar as linhas de investigação da polícia. 

Entre as pistas que podem fornecer os primeiros indícios do potencial destinatário dos valores está uma planilha que foi apreendida no jatinho, com anotações sobre contratos aparentemente suspeitos nos estados do Amapá e do Rio de Janeiro. 

Até o momento, a investigação confirma que o voo que transportava a mala de dinheiro foi organizado pelo empresário Marcos Moura, que é filiado ao União Brasil e próximo de grandes figuras da política da Bahia. A PF acredita que Moura é fundamental no êxito da quadrilha. 

“Moura é uma figura-chave que conecta os líderes da organização com figuras políticas de relevância, garantindo que os esquemas de fraude continuem operando sem interrupções”, diz a corporação.