Orçamento para Ministério da Defesa tem aumento em despesas com militares
Os investimentos na Marinha, especialmente na construção de submarinos nucleares, sofreram uma redução
Foto: Divulgação/Marinha do Brasil
O Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) do governo federal para 2024 trouxe mudanças significativas nos gastos do Ministério da Defesa. Enquanto prevê um aumento de R$ 2,6 bilhões em despesas com pensões e pagamentos de militares da reserva, os investimentos na Marinha, especialmente na construção de submarinos nucleares, sofreram uma redução. No último ano da gestão de Jair Bolsonaro, o Ministério da Defesa ostentou o maior orçamento previsto. Agora, cai para o terceiro lugar, atrás dos ministérios de Transportes e Saúde.
O montante reservado no Orçamento para investimentos na Defesa em 2024 é de R$ 8,2 bilhões, uma ligeira queda em relação aos R$ 8,4 bilhões deste ano. Vale ressaltar que esses valores estão sujeitos a alterações pelo Congresso Nacional, que ainda analisará o projeto de Lei Orçamentária. Os investimentos mencionados no Ploa englobam planejamento e execução de obras, aquisição de instalações, equipamentos e materiais, não incluindo despesas correntes de manutenção da máquina pública.
Gustavo Dallagnol, pesquisador e consultor da D&D Estratégico especializado em Defesa, ressaltou a importância de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, citando o exemplo do KC-390, um avião militar de transporte exportado para diversos países. Ele também enfatizou a necessidade de uma maior discussão sobre as prioridades do Orçamento de Defesa.
Segundo o Ploa, os programas relacionados à Marinha foram os mais afetados pela redução de investimentos. As ações orçamentárias "Recomposição do Núcleo do Poder Naval", "Construção de Submarino de Propulsão Nuclear" e "Desenvolvimento de Míssil Nacional Antinavio" sofreram cortes significativos, totalizando uma queda de R$ 254 milhões em relação ao orçamento atual.
Comparando com a dotação atual, o orçamento de investimentos da Marinha passou de R$ 2,1 bilhões para R$ 1,9 bilhão. Já o Exército viu um aumento modesto, passando de R$ 1,8 bilhão para R$ 1,9 bilhão, e a Aeronáutica teve um acréscimo de R$ 1,9 bilhão para R$ 2,1 bilhões em seu orçamento de investimentos.