Política

Pacheco é contra auditoria privada proposta por Bolsonaro

Desconfianças sobre o processo eleitoral não tem "justa causa", pondera presidente do Senado

Por Da Redação
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Pacheco é contra auditoria privada proposta por Bolsonaro

Foto: Agência Senado

No exercício da Presidência da República nesta sexta-feira (6), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou uma proposta do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a contratação de uma empresa privada para auditar o processo eleitoral.

A informação foi dada na noite desta quinta (05), em transmissão ao vivo, onde Bolsonaro afirmou o PL contratará uma empresa para fazer auditoria nas eleições. "Até adianto para o TSE [Tribunal Superior Eleitoral]: essa auditoria não vai ser feita após as eleições. Uma vez contratada, ela já começa a trabalhar. A empresa vai pedir ao TSE, com toda certeza, uma quantidade grande de informações", afirmou.

Pacheco defendeu que a responsabilidade pelas eleições é da Justiça Eleitoral, assim, não cabendo a uma empresa privada atuar sobre o processo eleitoral.

"A responsabilidade pelo processo eleitoral cabe a uma Justiça especializada no Brasil, liderada pelo TSE, tem uma estruturação Brasil a fora que é a Justiça Eleitoral. A ela cabe a confiança dos brasileiros e da sociedade sobre a higidez do processo eleitoral, do processo de apuração das eleições. Não cabe a nenhuma entidade privada ou outra instituição a participação na contagem ou recontagem de votos porque esse é um papel da Justiça Eleitoral", afirmou Pacheco durante entrevista coletiva.

Além disso, o presidente do Senado afirmou que Bolsonaro estaria fazendo "questionamentos que não têm justa causa" e que atrapalham as instituições.

"Esses questionamentos [de Bolsonaro sobre o processo eleitoral], uma vez feitos, eles não contribuem, e cabe à Justiça Eleitoral e a todas as instituições reafirmarem a garantia do processo eleitoral e demonstrar isso para toda a sociedade brasileira. Eu tenho plena confiança nas nossas eleições correndo dentro da normalidade, através das urnas eletrônicas, uma vez que foi superada a tese do voto impresso pelo Congresso", seguiu.

"Todo o questionamento institucional às instituições, questionamentos que não têm justa causa, não tem lastro probatório ou legitimidade são questionamentos que não contribuem e, consequentemente, podem, sim, atrapalhar o bom andamento das instituições", completou.

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