Pacote de socorro às companhias aéreas será fechado no pós-carnaval
Tema segue em discussão com o Ministério da Fazenda em meio a alta no preço das passagens
Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse no sábado (3), que espera fechar o pacote de socorro às companhias aéreas no pós-carnaval. O tema segue em debate com o Ministério da Fazenda em meio a alta no preço das passagens.
Segundo o ministro, o pacote de crédito para socorrer as companhias do setor deve ser financiado, em maior parte, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que o banco não abre mão de garantias.
"O BNDES não tem como fazer financiamento sem garantias", afirmou Mercadante. "Nós só emprestamos com garantia."
O banco de fomento analisa há meses a oferta de uma linha de capital de giro para as aéreas, mas esbarra no problema das garantias. As empresas chegaram a mencionar slots (espaços em aeroportos) e aeronaves em leasing como opções, mas essa oferta não prosperou.
Para além da oferta de crédito, Silvio Costa Filho também falou em um planejamento estratégico de curto e longo prazos, "como ações que fortaleçam novos voos regionais e a compra de aeronaves brasileiras, a exemplo da Embraer, e outros ativos".
O ministro espera que o impasse com as aéreas tenha uma solução no curto prazo, uma vez que ele planeja lançar o programa Voa Brasil, com passagens a R$ 200 para aposentados e pensionistas, ainda em fevereiro. Para o projeto deslanchar, as empresas têm de aderir ao programa.
Costa Filho esteve nesta manhã, junto com os ministros das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e dos Transportes, Renan Filho - em uma visita às obras do aeromóvel, projeto que visa a aprimorar o deslocamento de passageiros entre a estação da Luz da CPTM e o Aeroporto de Guarulhos.