PCdoB e CUT criticam a provável saída de Wagner da cabeça de chapa
PSB e o sindicato querem que as bases e a militância sejam ouvidas
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O PCdoB, o PSB e a CUT teceram críticas à provável saída de Jaques Wagner da eleição ao governo da Bahia nesta segunda-feira (28). As legendas e o sindicato querem que as bases e a militância sejam ouvidas.
“Consideramos equivocado o processo em curso de discussão e definição das candidaturas majoritárias da base do governo estadual. Não é admissível que os partidos do campo do governo não sejam consultados e só tenham conhecimento pela imprensa de articulações e supostas definições tão importantes. O PCdoB não teve participação nas soluções especuladas que vieram a público. Consideramos fundamental o envolvimento de todos os partidos do bloco do governo para as decisões, o que vai ajudar na construção da unidade necessária para a batalha eleitoral que se avizinha”, diz o comunicado assinado pelo presidente do PCdoB na Bahia, o deputado federal Davidson Magalhães.
Presidente do PSB na Bahia, a deputada federal Lídice da Mata disse que "vê com estranheza as últimas movimentações políticas em relação à sucessão estadual".
O partido classifica ainda como desrespeitoso o método como está sendo conduzido o assunto, "que alija das decisões de partidos e lideranças que foram fundamentais para a construção do projeto político democrático e vitorioso que vigora na Bahia desde 2006 até os dias atuais. Neste período, as decisões políticas centrais foram debatidas no Conselho Político, onde têm assento todos os partidos que dão sustentação ao governo", diz a nota.
Dirigente da CUT na Bahia e do Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social, Valdemir Medeiros defende as pré-candidaturas de Jaques Wagner ao Governo do Estado e Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.
“Wagner foi o governador que libertou a Bahia do Carlismo e que fez as principais obras estruturantes do nosso Estado. Construiu as vias expressas do aeroporto, Rótula do Abacaxi, Porto e também programas nas áreas da Educação, Cultura e Turismo. Também foi o governador que colocou o metrô de Salvador para funcionar. Por tudo isso, eu acredito que ele é um homem preparado e que tem todo o carinho do povo baiano. Na Saúde, ele reformou e construiu hospitais, levou programas para o interior e pavimentou o caminho para Rui criar as policlínicas”, ressaltou o dirigente sindical.
A possível mudança na cabeça de chapa começou a ser discutida no dia 15 de fevereiro, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o governador Rui Costa e os senadores Jaques Wagner e Otto Alencar (PSD).
Rui teria dito que seria candidato ao Senado, o que obrigaria em uma adaptação na chapa para que não fosse desmontada a aliança entre PT, PSD e PP na Bahia. Com a decisão do governador, Otto, que seria candidato à reeleição, seria deslocado para a candidatura ao Palácio de Ondina e Wagner segue no Senado. Além disso, Rui teria que renunciar ao cargo e João Leão comandaria o Palácio de Ondina por nove meses. O PP ainda deve indicar um nome para a vice na chapa.
