Política

PEC da Relevância deve ser aprovada até junho, diz presidente do STJ

Texto prevê filtros mais apurados para tramitação de recursos especiais no Superior Tribunal de Justiça

Por Da Redação
Ás

PEC da Relevância deve ser aprovada até junho, diz presidente do STJ

Foto: Agência Brasil

Segundo o presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Humberto Martins, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Relevância deve ser aprovada até junho deste ano. O texto prevê filtros mais apurados para tramitação de recursos especiais na Corte. 

A expectativa é que a ação deve ser aprovada e incorporada à Constituição Federal até o final do semestre.

O ministro se reuniu com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nesta terça-feira (01), e afirmou que recebeu de ambos a previsão de aprovação do texto, muito defendido institucionalmente pelo STJ. Na abertura do ano Judiciário, a notícia foi anunciada aos colegas.

A PEC foi aprovada pelo Senado em novembro de 2021. O texto volta para nova análise na Câmara após a alteração de destaques.  

"Essa é a missão constitucional do STJ, um tribunal de interpretação e de teses do Direito federal. Até junho teremos a aprovação e a inserção da questão da relevância no texto constitucional", afirmou o ministro Humberto Martins.

A proposta visa racionalizar o trabalho do STJ, devido a quantidade exorbitante de recursos. Em 2021, foram registrados e distribuídos 401,5 mil casos e julgados 552,1 mil. Assim, a meta do Conselho Nacional de Justiça, que exige que os tribunais julguem mais processos do que receberam no ano foi cumprida.

Assim, o texto visa implementar uma questão da relevância e traz hipóteses pré-definidas em que isto será presumido: ações penais, ações de improbidade administrativa, causas com valor superior a 500 salários mínimos, ações que possam gerar inelegibilidade, casos de possível contrariedade à jurisprudência do STJ e hipóteses previstas em lei.

Além disso, abre a oportunidade para que outras hipóteses serem definidas pelo legislador ordinário. Segundo Humberto Martins, essa é a garantia de que questões verdadeiramente relevantes chegarão ao STJ, ao mesmo tempo que esse novo filtro poderá corrigir distorções sistêmicas que prejudicam a produtividade da corte.

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