Pesquisa aponta que exposição excessiva às videochamadas são prejudiciais a curto e longo prazo
Entre os sintomas estão dores de cabeça, depressão e crises de ansiedade

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De acordo com uma pesquisa realizada no final de fevereiro pela Universidade Stanford, a exposição excessiva às videochamadas são prejudiciais a curto e longo prazo. Entre os sintomas estão dores de cabeça, depressão e crises de ansiedade. Segundo Jeremy Bailenson, professor que liderou o estudo, entre as causas do cansaço, estão: a relação com os olhares de terceiros, a exposição à própria imagem na tela, a falta de exercício e a frustração em não conseguir se expressar por meio da Câmera.
Para neurocientista doutora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Thaís Gameiro, o problema vai além de apenas mostrar o rosto em uma reunião. Ela explica que a sensação de monitoramento a longo prazo traz reações cerebrais que tendem a nos afastar do conforto de uma situação presencial. A nossa própria imagem transmitida na tela também joga contra. Dar aquela olhadinha no próprio vídeo antes ou durante uma reunião com a conexão ligada é tentador - chega a ser quase uma regra na etiqueta secreta das videoconferências. Mas ficar a maior parte do tempo se pode entrar na conta do estresse.
Reservar um local de trabalho especialmente para as chamadas também pode ajudar o corpo a entender quando é hora de descanso e quando é hora do trabalho. A regra, como para muitas coisas durante a pandemia, é uma só: é preciso se adaptar sem perder a qualidade de vida.