Pesquisa mostra que 10% dos homens dirigem após consumirem bebidas alcoólicas
Dados são do Ministério da Saúde
Foto: Agência Brasil
Uma pesquisa da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) mostrou que um a cada cinco homens brasileiros não atinge os 50 anos de vida. As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), como câncer, diabetes, e doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas, ganham destaque nessa faixa etária, apresentando índices de mortalidade até 50% superiores entre os homens. Os dados destacam ainda que no Brasil, 10,2% dos homens admitiram que dirigem após o consumo de bebidas alcoólicas, em comparação com 2,2% das mulheres.
A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2023), conduzida pelo Ministério da Saúde, analisou a rotina de 20 mil brasileiros, revelando que os homens frequentemente adotam hábitos prejudiciais à saúde. O tabagismo, consumo abusivo de álcool, sobrepeso, inatividade física e alimentação inadequada com alimentos ultraprocessados são comportamentos comuns.
Fernando Pessoa de Albuquerque, coordenador substituto de Atenção à Saúde do Homem, destaca a importância do autocuidado e do cuidado integral proposto por profissionais de saúde. A orientação nutricional, a redução do consumo de álcool e a cessação do tabagismo são medidas fundamentais na prevenção das DCNTs, contribuindo significativamente para a redução das complicações associadas.
Consumo de álcool no tráfego
Globalmente, cerca de 3 milhões de mortes anuais são atribuídas ao consumo nocivo de álcool. No Brasil, os homens apresentam indicadores alarmantes, com 10,2% admitindo dirigir após o consumo de bebidas alcoólicas, em comparação com 2,2% das mulheres. Cidades como Palmas, Teresina e Boa Vista registram os números mais elevados entre a população masculina.
Quanto ao uso abusivo de álcool, a pesquisa revela que 27,3% dos homens, em todas as faixas etárias, ingeriram quatro ou mais doses em uma única ocasião nos 30 dias anteriores à pesquisa.
Tabagismo
O tabaco lidera as causas de mortes evitáveis, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). A frequência de fumantes no Brasil é de 9,3%, com uma prevalência maior entre os homens (11,7%) do que entre as mulheres (7,2%). Trabalhadores do sexo masculino também enfrentam mais o tabagismo passivo no ambiente de trabalho (10,2%) em comparação com as mulheres (4,3%).
Alimentação inadequada e sobrepeso
O Guia Alimentar para a População Brasileira destaca a importância de uma alimentação saudável, com foco em alimentos in natura ou minimamente processados. A pesquisa revela que os homens apresentam índices mais altos de consumo de alimentos ultraprocessados (22,0%) em comparação com as mulheres (14,1%). Quanto ao sobrepeso, 63,4% dos homens reconhecem ter excesso de peso.