Economia

Petrobras põe fim à paridade de importação no preço da gasolina e do diesel

Valores dos combustíveis seguem definidos com base nos mercados em que a empresa atua, mas sem obrigatoriedade de subordinação

Por Da Redação, Agências
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Petrobras põe fim à paridade de importação no preço da gasolina e do diesel

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A Petrobras informou que sua Diretoria Executiva (DE) aprovou na segunda-feira (15), o encerramento da política de paridade de preços e o início de uma nova estratégia comercial para definição dos valores do diesel e gasolina da Petrobras.

A estratégia comercial usa referências de mercado como o custo alternativo do cliente, a ser priorizado na precificação, e o valor marginal para a Petrobras. O custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos, já o valor marginal para a Petrobras é baseado no custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino. 

“Com essa estratégia comercial, a Petrobras vai ser mais eficiente e competitiva, atuando com mais flexibilidade para disputar mercados com seus concorrentes. Vamos continuar seguindo as referências de mercado, sem abdicar das vantagens competitivas de ser uma empresa com grande capacidade de produção e estrutura de escoamento e transporte em todo o país”, destaca o Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. 

O anúncio encerra a subordinação obrigatória ao preço de paridade de importação, iniciada no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB). Antes disso, a estatal tinha maior liberdade para controlar os valores praticados, sem ser ligada às oscilações internacionais.

A alteração era uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que falou em diversas ocasiões em "abrasileirar" o preço dos combustíveis.

Apesar da mudança, a Petrobras manteve o alinhamento aos preços competitivos por polo de venda, se baseando nos valores praticados na exportação. 

“Nosso modelo vai considerar a participação da Petrobras e o preço competitivo em cada mercado e região, a otimização dos nossos ativos de refino e a rentabilidade de maneira sustentável”, declarou o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser.  

A precificação competitiva mantém também um patamar de preço que garante a realização de investimentos previstos no Planejamento Estratégico. A Petrobras reforça seu compromisso com a geração de valor e com a sustentabilidade financeira de longo prazo, preservando a sua atuação em equilíbrio com o mercado, ao passo que entrega aos seus clientes maior previsibilidade por meio da contenção de picos súbitos de volatilidade. 

Dinâmica de reajustes 

Os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio. 

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