PF diz que membro do PCC adquiriu armas com autorização do Exército
Homem tinha ficha corrida com 16 processos criminais, incluindo homicídio qualificado e tráfico de drogas
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
De acordo com a Polícia Federal, um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) teria obtido o certificado de registro de CAC (caçador, atirador e colecionador) no Exército Brasileiro mesmo tendo uma ficha com 16 processos criminais acumulados, sendo cinco indiciamentos por crimes como homicídio qualificado e tráfico de drogas.
As informações foram divulgadas pela Folha de S. Paulo. Segundo o site, o registro foi obtido em junho de 2021, após a flexibilização do acesso a armas e munições no país, que beneficiam os CACs, principalmente.
Após receber o registro de atirador, o homem teria adquirido duas carabinas, um fuzil, duas pistolas, uma espingarda e um revólver. Ao todo, foram gastos R$ 60 mil em armas.
Segundo a polícia, para obter o certificado de registro de CAC no Exército, o homem teria apresentado uma certidão negativa de antecedentes criminais na 2ª instância, emitida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Além disso, o inquérito aponta que não foi exigido uma certidão negativa da Justiça de primeira instância, em que estavam registrados os 16 processos.
As armas foram apreendidas pela Polícia Federal em Uberaba (MG) na quinta-feira (14), após cumprir três mandados de busca e apreensão na operação Ludíbrio.