PF indicia fuzileiro naval e irmão por ameaças de morte à família de Alexandre de Moraes
Dupla enviou 41 e-mails ameaçando matar a filha do ministro a tiros e bombas
Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
A Polícia Federal (PF) indiciou, na segunda-feira (4), o fuzileiro naval Raul Fonseca de Oliveira, e o irmão Oliverino de Oliveira Junior, suspeitos de ameaçar a família do ministro Alexandre de Moraes. O relatório final do inquérito foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Raul e Oliverino estão presos desde o dia 31 de maio, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e por determinação de Moraes. Eles foram indiciados pelo crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Segundo a PF, de 25 de abril de 2024 a 31 de maio, os acusados enviaram 41 e-mails, sempre a partir de contas anônimas, ameaçando matar a filha de Moraes a tiros e bombas. As mensagens de remetente anônimo continham detalhes da rotina da família, incluindo a trajetória e os locais por onde passavam.
Depois da prisão, Moraes desmembrou as investigações e se declarou impedido de apurar as ameaças contra sua própria família. O caso foi redistribuído para a ministra Cármen Lúcia. Moraes receberá o relatório da PF pois ainda não concluiu a purificação. O inquérito que está com Carmem Lúcia apura os crimes de ameaça e perseguição.
Em nota enviada ao OGlobo, o advogado dos investigados, Darlan Almeida, afirmou estar surpreso com o indiciamento, por considerar que não há prova de que eles tenham sido os autores dos e-mails.